Vida em outros planetas depende também de condições que atendam certos critérios
Pesquisadores da Universidade da Califórnia (UC) de Santa Cruz, nos EUA, vem contribuindo para determinarem se há vida em outros planetas. Isso porque quando a atmosfera de um planeta contém metano, tal produto pode ser um indício de que naquele planeta comporta a vida. Entretanto, isso tudo dependerá se as condições planetárias atenderem certos requisitos.
Vida em outros planetas
Neste caso, os pesquisadores da Universidade da Califórnia definiram uma estrutura para essas condições. A ideia é orientar cientistas que analisam mundos alienígenas, os exoplanetas.
Em contrapartida, essa notícia é bem oportuna, uma vez que o recém-lançado Telescópio Espacial James Webb (JWST), da Nasa, será capaz de detectar a presença do gás metano nas atmosferas dos exoplanetas que estiverem sob sua mira.
Condições planetárias
No caso de um pequeno planeta rochoso orbitando uma estrela como o Sol, por exemplo, os pesquisadores descobriram que o metano atmosférico possui mais chance de ser uma bioassinatura (um sinal de vida passada ou presente) se o planeta atender a três condições:
- se também houver dióxido de carbono na atmosfera;
- se houver mais metano do que monóxido de carbono;
- e se o planeta não for rico em água.
De acordo com a principal autora do estudo, Maggie Thompson, estudante de pós-graduação da UC Santa Cruz, em um comunicado.
“Uma molécula não vai lhe dar a resposta – você tem que levar em conta todo o contexto do planeta.”
Ela ainda complementou:
“O metano é uma peça do quebra-cabeça, mas para determinar se há vida em um planeta, você deve considerar sua geoquímica, como está interagindo com sua estrela e os muitos processos que podem afetar a atmosfera de um planeta em escalas de tempo geológicas.”
Processos não biológicos que podem produzir o gás
Por outro lado, apesar de o metano ser considerado uma bioassinatura potencial, há também vários processos não biológicos que podem produzir o gás. Isso vai desde erupções vulcânicas até impactos de asteroides. Sendo assim, a equipe liderada por Thompson também se concentrou em reduzir a probabilidade de falsos positivos ao identificar o metano atmosférico como uma bioassinatura.
Liberação de gases de vulcões
Por exemplo, na liberação de gases de vulcões, não apenas liberaria metano na atmosfera, como também monóxido de carbono. Enquanto isso, a criação biológica de metano provavelmente consumiria monóxido de carbono.
Portanto, se uma atmosfera tem grandes quantidades de metano e monóxido de carbono, o metano provavelmente não é uma bioassinatura, segundo a nova abordagem, que foi publicada nesta segunda-feira (28) na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Além disso, conforme o site Space.com, o JWST será capaz de estudar o metano atmosférico com mais detalhes do que outras bioassinaturas potenciais, e vem daí o interesse dos cientistas na nova análise.
*Foto: Reprodução