Tecnologia em vinícolas, segundo estudo, tem como finalidade melhorar o aproveitamento, equilíbrio do meio ambiente e eliminação sustentável
Uma pesquisa em vinícolas em Mato Grosso com a finalidade de melhorar o aproveitamento dos resíduos gerados, equilibrando o meio ambiente, evitando problemas relacionados à armazenagem e eliminação sustentável está sendo desenvolvida pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Tecnologia em vinícolas
Atualmente, a tecnologia em vinícolas do estado se dedica à produção de vinhos da espécie Vitis labrusca. Trata-se de uma variedade utilizada para fabricação de vinhos de mesa, que geralmente possuem um valor mais acessível que vinhos refinados. Em menor escala, há a produção de vinhos da espécie Vitis vinífera, considerados finos, destinados à exportação.
Além disso, os estudos ocorrem vinculados ao Laboratório de Biologia Vascular & Histopatologia. Segundo a coordenadora do projeto, Fernanda Regina Casagrande Giachini Vitorino, os estudos começaram em agosto de 2022.
“O objetivo geral com a pesquisa é caracterizar os compostos bioativos presentes em resíduos vinícolas advindos da produção de vinhos finos. A partir disso determinar se esses compostos possuem a capacidade de proteger o sistema cardiovascular.”
Como será o experimento
A estratégia para testar se os resíduos realmente possuem essa capacidade de proteção, será realizada com ratos hipertensos. Uma ração enriquecida com o bagaço oriundo da produção de vinho será oferecida, e é a partir daí que será possível avaliar os efeitos na pressão arterial e no sistema cardiovascular dos animais.
Pesquisa mostra possibilidades ilimitadas
Para a professora da UFMT, Paula Becker Pertuzatti, caso os resíduos gerados possuam elevada quantidade de compostos bioativos, as possibilidades são ilimitadas.
“Isso representa um avanço significativo na manutenção do equilíbrio do meio ambiente, evitando problemas relacionados à armazenagem e eliminação sustentável desses resíduos. Ressalta-se também uma vertente crescente no mercado é a elaboração de produtos nutracêuticos, que engloba uma variedade de alimentos e componentes alimentícios com benefícios à saúde.”
Impactos em diversas áreas
Por fim, os trabalhos devem ser finalizados em dezembro deste ano, e os impactos iniciais se desdobram em diversas áreas.
“Ademais, a possibilidade de manipulação dos resíduos de uva como fonte de antioxidante é de interesse direto dos laboratórios envolvidos. No campo da bromatologia, como exemplo, tanto as graduandas da engenharia de alimentos como as graduandas de farmácia, poderão trabalhar na elaboração de alimentos com alegações de propriedades funcionais e suplementos alimentares.”
*Foto: Reprodução/Unsplash (Timur M)