Agora, por conta de uma ferramenta de inteligência artificial (IA), médicos e pesquisadores são capazes de detectar e prever o retorno de um câncer. O método foi desenvolvido por meio de um estudo inédito do Royal Marsden NHS Foundation Trust, do Instituto de Pesquisa sobre o Câncer, de Londres, e do Imperial College London. Ele foi publicado na revista eBioMedicine, da The Lancet.
Vale lembrar também que por meio de um estudo e método inédito, o médico brasileiro Marc Abreu descobriu que através da indução de proteínas de choque térmico, foi possível gerar a remissão total de câncer em um paciente terminal.
Previsão de retorno de um câncer
Além disso, a inteligência artificial também possibilita que o retorno de um câncer seja detectado mais cedo em pacientes considerados de alto risco.
Desse modo, é possível garantir que eles recebam tratamento com mais urgência. Por outro lado, nos casos de baixo risco, é possível reduzir a ocorrência e a frequência de idas ao hospital para exames de acompanhamento desnecessários.
Mais eficiente que os métodos tradicionais
A pesquisa revelou ainda um modelo de aprendizado de máquina para determinar se seria possível identificar quais pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC) tratados com radioterapia tinham risco de recorrência.
Os pesquisadores utilizaram dados clínicos de 657 pacientes com NSCLC tratados em cinco hospitais do Reino Unido. Mas, adicionaram vários outros fatores prognósticos, como idade, sexo, índice de massa corporal (IMC), tabagismo, intensidade da radioterapia e características do tumor.
Pacientes de baixo e alto risco
Na sequência, os pesquisadores utilizaram a IA para:
- categorizar os pacientes em baixo e alto risco de recorrência;
- quanto tempo pode levar até a recorrência;
- e sobrevida geral dois anos após o tratamento.
Além disso, a ferramenta foi considerada mais eficiente na previsão de resultados do que os métodos tradicionais.
Menos ansiedade
De acordo com Richard Lee, médico especializado em medicina respiratória e diagnóstico precoce no Royal Marsden NHS Foundation Trust:
“Este é um passo importante para usarmos a IA para entender quais pacientes estão em maior risco de recorrência. E também para detectar essa recaída mais cedo, para que o novo tratamento possa ser mais eficaz.”
Medo de recaída
Por sua vez, Lee, que também é investigador-chefe do estudo, explica que a solução é bastante útil, pois o medo dos pacientes de terem uma recaída gera muita ansiedade.
“Esperamos ultrapassar os limites para melhorar o atendimento de pacientes com câncer, ajudá-los a viver mais e reduzir o impacto que a doença tem em suas vidas.”
Por fim, o estudo é “um primeiro passo empolgante” rumo ao lançamento de uma ferramenta nacional e internacional para orientar a vigilância pós-tratamento de pacientes com câncer, afirmou Sumeet Hindocha, oncologista do Royal Marsden e do Imperial College London.
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