Dr. Marc Abreu é radicado nos Estados Unidos e criou a tecnologia BTT, que consiste na indução de proteínas de choque térmico por meio de hipertermia guiada pelo cérebro; técnica consiste em aumentar a temperatura do paciente, de forma totalmente segura controlada pelo cérebro até que haja a indução de proteínas de choque térmico, tradução do termo em inglês para Heat Shock Proteins.
Cada vez mais técnicas avançadas vêm conseguindo bons resultados no que diz respeito ao tratamento de câncer ou ainda alguns avanços na tentativa de retardar a progressão de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e Parkinson. Nesse sentido, o especialista em termodinâmica cerebral, médico e neurocientista Marc Abreu, que é brasileiro e radicado nos Estados Unidos, tem conseguido resultados que nos trazem muita esperança, com a restauração de funções por meio de sua técnica inovadora para a indução das proteínas de choque térmico.
Prova disso é que recentemente um paciente do Dr. Marc Abreu, com câncer de próstata em estágio terminal e com expectativa de vida de apenas quatro meses, alcançou a remissão completa da doença após ser submetido ao procedimento de hipertermia avançada guiada pelo cérebro com o objetivo de induzir as chamadas proteínas de choque térmico, tratamento inovador desenvolvido pelo médico brasileiro.
O diagnóstico
Em 2021, o norte-americano Scott Miller foi diagnosticado com câncer de próstata metastático, em estágio IV, aos 66 anos de idade. O tumor apresentava em torno de 12 centímetros de diâmetro e já havia se espalhado para ossos, vesícula, bexiga, reto e outros órgãos.
O tratamento
Com poucas chances de sobreviver, o paciente foi submetido a um tratamento inovador durante seis meses. Trata-se da tecnologia BTT, e que consiste na indução de proteínas de choque térmico por meio da elevação de temperatura, de forma controlada pelo cérebro. Vale destacar que as proteínas de choque térmico são encontradas em praticamente todos os organismos vivos com funções diversas e complexas.
Como surgiu a tecnologia BTT
Marc Abreu é um médico, físico e oftalmologista altamente respeitado e talentoso. Foi pesquisador e professor em instituições de prestígio, como Harvard University e Yale University, onde atuou como diretor do grupo de pesquisas interdisciplinares do BTT. Marc também é especialista em uma ampla gama de campos, incluindo física médica, bioengenharia, desenvolvimento de dispositivos médicos, pesquisa oftalmológica, pesquisa em anestesiologia, ciência da computação e neurociência, e foi responsável pela descoberta do Túnel Térmico Cerebral (BTT, na sigla em inglês) que permitiu pela primeira vez na história a medida contínua e não invasiva da temperatura do cérebro.
Congresso Anual da Society for Thermal Medicine
No dia 26 de abril, o relato do caso clínico do paciente com câncer terminal foi apresentado na 38ª edição do Congresso Anual da Society for Thermal Medicine, em San Diego, Califórnia.
Na ocasião, Marc Abreu declarou o seguinte:
“A redução de expressão da proteína de choque térmico está associada com câncer, doenças neurológicas e o envelhecimento. Para o tratamento de câncer, além da mudança da carga termodinâmica, utilizamos frequências diferentes durante a indução com o objetivo de atuar em áreas distintas. A modalidade é a mesma que usamos no tratamento de doenças neurológicas, mas a receita é diferente.”
O médico revelou que, no caso do paciente norte-americano, foram necessárias cinco induções como tratamento, ao longo de seis meses. Além disso, Scott Miller não sentiu nenhum efeito colateral e não precisou passar por nenhum tratamento adicional. Portanto, o paciente não passou em nenhum momento por radioterapia ou quimioterapia, que são tratamentos tradicionais para combater o câncer.
Relato do paciente
Miller afirma que na primeira indução já sentiu algo diferente. Sendo assim, optou por se mudar temporariamente de Los Angeles para Miami, onde fica o Instituto Médico BTT, para dar continuidade ao tratamento. Após o tratamento, seu radiologista, ao rever os exames informou Miller que, “inacreditavelmente” é como se nunca o paciente tivesse tido um câncer.
Agora, Scott Miller será acompanhado a cada seis meses pelo instituto e realizará baterias de exames durante três anos.
Fonte do câncer
Contudo, é preciso destacar a importância que graças ao método de Marc Abreu, além da eliminação do câncer de próstata, também foi eliminada a fonte deste câncer. Isso porque houve a erradicação das células-tronco cancerígenas e a neutralização das moléculas sinalizadoras, que são as moléculas que levam ao desenvolvimento e depois a recorrência do câncer.
Doenças neurológicas
Como já dito acima, a tecnologia BTT também pode ser utilizada em pacientes com doenças neurológicas, por meio da indução de proteínas de choque térmico através de hipertermia pelo cérebro, explica Abreu.
“Acreditamos que a nossa tecnologia, baseada na termodinâmica do cérebro, tem um potencial único de prevenir e tratar inúmeras doenças a nível molecular.” Completa Dr Marc Abreu.
Sobre o câncer de próstata
Trata-se de uma doença silenciosa, que não costuma apresentar sinais ou sintomas nas fases iniciais. Alguns pacientes podem apresentar sintomas como: dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, uma maior necessidade de ir ao banheiro, além da presença de sangue na urina.
No entanto, a doença tem perfis de evolução variáveis, e pode apresentar um crescimento lento ou rápido, de um paciente para outro.
O exame de toque é uma das formas de constatar a doença de modo precoce. O teste permite ainda que o médico verifique a estrutura da próstata, assim como possíveis sinais de aumento ou outras alterações. Entretanto, com o envelhecimento, a próstata pode aumentar de tamanho naturalmente, sem que haja qualquer tipo de doença.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), os homens a partir dos 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, devem procurar atendimento médico, para avaliação individualizada com o objetivo de diagnosticar de forma precoce o câncer.
O exame de toque pode ser feito anualmente a partir dos 50 anos para a população em geral, e deve ser iniciado aos 45 anos para homens que façam parte do grupo de risco, sobretudo aqueles que contam com histórico familiar da doença.
PSA
Com o propósito de esclarecer o diagnóstico, os especialistas também utilizam o indicador antígeno específico da próstata (PSA, na sigla em inglês). E apesar de a proteína ser produzida naturalmente pela glândula, o aumento no nível de PSA presente na circulação pode apontar a necessidade de investigar a presença de um tumor.
O exame de PSA é feito a partir da coleta de sangue, que permite medir os níveis da molécula no organismo. Por fim, os resultados são comparados pelo médico com outros fatores como: o tamanho da próstata, a idade do paciente e a presença de nódulos ou inflamação na próstata.
Foto: Divulgação/BTT Corp.