Enoturismo em Flores da Cunha: Cidade busca se consolidar na área

Enoturismo em Flores da Cunha: Cidade busca se consolidar na área

Além do vinho, Flores da Cunha também é conhecida como a Terra do Galo

Em 2024, a cidade de Flores da Cunha, na Serra gaúcha, completa 100 anos de emancipação política e pretende investir no turismo para aquecer a economia. Por ser o município que carrega o título de maior produtor de vinhos de mesa do Brasil, o enoturismo ganha destaque com diversas rotas turísticas para os visitantes. Além disso, a categoria de turismo religioso também faz parte da lista de atrativos e evidenciam o potencial da cidade de quase 31 mil habitantes.

De acordo com o sommelier Luciano Mestrich, “o enoturismo é uma experiência fascinante que combina o prazer de apreciar vinhos com a descoberta de regiões vinícolas e suas tradições”.

Enoturismo em Flores da Cunha

Hoje a cadeia produtiva da uva com a agricultura e a indústria representa 15% da economia do município, conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Tiago Centenaro Mignoni. Das 2.200 propriedades rurais da cidade, 1.3 mil são produtores de uva. Sendo assim, o enoturismo em Flores da Cunha vem se destacando cada vez mais, com 200 produtores de vinhos.

O cultivo da uva foi trazido pelos imigrantes italianos que completa 150 anos em 2025. “De geração a geração, as nossas propriedades são basicamente da agricultora familiar. Então o pai que aprendeu com o amor e passa para o filho”, comenta a secretária de Agricultura, Deise Giotto. A partir daí, algumas rotas foram criadas para incentivar o turista que visitar a cidade. Roteiros como o Compassos da Mérica, Otávio Rocha Vila Colonial, Rota dos Vinhos dos Altos Montes, Caminhos do Alfredo e Passo do Vinho são algumas das mais procuradas.

Terra do galo

Além das vinícolas, o destaque de Flores da Cunha é um galo, de aproximadamente seis metros de altura, que fica no Parque da Vindima Eloy Kunz. A cidade é conhecida assim por conta de um episódio ocorrido no ano de 1934, quando um mágico teria passado pela cidade e prometido, durante o espetáculo, que cortaria a cabeça de um galo, e que com uma mágica, o faria cantar novamente – algo que não aconteceu. Todavia, o monumento é parada obrigatória para registros fotográficos por quem passeia por lá.

Outro pontos turísticos

Além disso, Flores da Cunha tem outros pontos importantes, como o Campanário da Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes no qual é possível ser contemplado por meio de visitas guiadas. Inaugurado em 1949, o local foi construído para abrigar os sinos da cidade que, naquela época, era umas das poucas formas de comunicação com os moradores. “Quando morria um homem, o sino tocava uma nota, se fosse mulher era outra e criança também era diferente. Usamos até hoje, mas com alto falante. É uma tradição da cidade”, comenta a subsecretária de Cultura, Camila Stuani Pauletti. Com 112 pedras, 218 degraus e oito andares, o Campanário foi tombado como patrimônio histórico municipal em 2019, ano em que contemplou os 70 anos de inauguração.

Produção de tapetes

A cidade também ganha notoriedade nacional por conta da produção de tapetes com serragem colorida para a celebração de Corpus Christi. Em 2023, a Praça da Bandeira, local onde ficam as obras, recebeu 58 tapetes redondos e retangulares. Os tapetes são confeccionados pelas comunidades, entidades, escolas e rotas turísticas, envolvendo centenas de voluntários em prol do evento. Ao todo, foram utilizados 60 metros cúbicos de serragem para a criação.

Festa Nacional da Vindima

E a cada quatro anos, Flores da Cunha recebe a Festa Nacional da Vindima (Fenavindima), que está em andamento e encerra no domingo (10). Vale dizer que a gastronomia é uma das protagonistas da festa, assim como a uva, que recebe os visitantes já na chegada ao parque.

*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/um-cacho-de-uvas-ensolaradas-na-videira-em-uma-vinha-verdejante_135009507.htm#fromView=search&page=1&position=8&uuid=a5a400e7-39d1-408f-9a5d-da5cec63f91d

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