Empresas de Web3 tem motivado investimentos com negócios focados em blockchain, com mercado avaliado em mais de R$ 14 trilhões até 2030, afirma consultoria Gartner
Nos últimos meses, tem sido cada vez mais frequente o surgimento de startups ou investimentos em empresas especializadas na chamada Web3. O fato é que muitos empreendedores e companhias por esse ecossistema se baseia na junção de blockchain, NFTs, criptomoedas e várias outras tecnologias está criando um mercado em potencial.
Empresas de Web3
Segundo a consultoria no segmento, Gartner, esse ecossistema deve movimentar mais de R$ 14 trilhões até 2030. Além disso, à medida que esse universo se expande nos próximos anos, demandará cada vez mais profissionais especializados. Entretanto, o grande desafio ainda é lidar com os mitos e entender as tecnologias envolvidas do ponto de vista de negócios.
Base econômica para o surgimento de outras
Contudo, de acordo com o cofundador e sócio da startup de Web3 Deboo, Léo Brazão, ao lado de Eduardo Paraske e Ricardo Azevedo, explica que essa nova economia é base para o surgimento de outras:
“Se a Web1 se baseava em hyperlinks e a Web2 acontece hoje nas redes sociais, a Web3 será fundamentada na tecnologia blockchain, que é muito mais do que uma criptomoeda. Ela é a base para outras categorias de ativos digitais – os tokens e as carteiras digitais. Logo, ela é muito mais interessante que o valor de um token (NFT). Essa representação digital de ativos reais é uma espécie de criação de escassez em um mundo pautado pela abundância. E isso gera modelos de negócio que seriam inimagináveis sem elas.”
Plataforma GIRA.DAO
Já a plataforma GIRA.DAO surgiu no mercado para levar o conceito de Web3 para o marketing. O negócio reúne empresas com a missão de desenvolver projetos neste segmento. Recentemente, se reestruturou para absorver novos projetos.
Ela reúne também empresas como a Ginga, agência de publicidade integrada, que une estratégia e criatividade na construção de marcas contemporâneas. Diva, consultoria ágil de inovação, transformação digital e CX (Customer Experience) e a Signa, consultoria ágil de branding, design e UX (User Experience) e a Trespontozero.io, consultoria especializada em educação, estratégia, criação e execução de projetos na Web3.
E-sports
Uma das maiores organizações de e-sports da América Latina, a LOUD, se organizou recentemente para entrar neste ecossistema. Seus fundadores, Jean Ortega e Bruno Bittencourt, anunciaram na semana passada a consolidação da Spacecaps como uma holding que, além da LOUD, será formada, no total, por outras seis empresas: Snackclub; Dropull; Monomyto; Outplay; Druid e Sundae.
Segundo a nova holding, o objetivo é que todas as empresas componham um ecossistema com foco na experiência da indústria gamer por meio de tecnologias como blockchain, NFT e criptomoedas.
Para o também CEO da LOUD, Bruno Bittencourt:
“A antiga relação investidor e investida está mudando da mesma maneira que a Web2 está evoluindo para a Web3, de forma mais descentralizada e comunitária. Na Spacecaps, empreendedores de diferentes indústrias e conhecimentos técnicos distintos trabalharão juntos com um só propósito.”
Project EVE
Outro projeto que também ganhou destaque neste universo, em meados deste ano, é o Projeto EVE. Trata-se de um negócio de impacto social, criado por um grupo de mulheres de áreas como: tecnologia, cultura, empreendedorismo e mercado financeiro com o intuito de democratizar o acesso á Web3.
No grupo de fundadoras estão Nina Silva, Kim Farrell, Ana Laura Magalhães, Samara Costa, Cintia Ferreira, Paula Lima, Roberta Antunes, Simone Sancho e Nubia Mota.
Segundo Cintia Ferreira, uma das fundadoras do Project EVE:
“Estamos vivenciando transformações poderosas, migrando da internet baseada na troca de informações para a internet baseada na troca do valor.”
Missões da plataforma
A executiva explica que, dentre as missões da plataforma estão: a educação financeira e tecnológica, serviços de criptografia até leilões em benefício de artistas mulheres com contrapartidas sociais.
“O principal objetivo do Project EVE é ampliar a participação feminina em todas as pontas deste novo mercado digital, seja como criadoras e produtoras, seja como consumidoras e investidoras em obras NFT.”
Por fim, na semana passada, outro nome de peso se juntou a essa indústria. O tricampeão mundial de surf Gabriel Medina também está apostando na chamada Web3. Em parceria com Ricardo Laureano Siqueira e com o apoio do Carpa Family Office e de seu empresário Felipe Stanford, o atleta lançou a Kauai Ventures. O objetivo é prospectar negócios baseados em investimentos relacionados à blockchain, NFT, metaverso, criptomoedas e outras tecnologias.
*Foto: Reprodução