Dengue nas periferias: Saúde adota tecnologia de contenção

Dengue nas periferias

Dengue nas periferias tem plano do Ministério da Saúde para implementar estações disseminaodoras de larvicida (EDL)

Com o propósito de reduzir arboviroses, o Ministério da Saúde vai implementar as estações disseminadoras de larvicida (EDL) em dezenas de periferias pelo Brasil. A expectativa é diminuir casos de dengue em até 28%.

O Plano de Ação para Redução da Dengue e outras Arboviroses, lançado em setembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério da Saúde vai instalar Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL) como um método de prevenção e controle do Aedes aegypti em periferias de todo Brasil.

Dengue nas periferias

O método para prevenir a dengue nas periferias já foi aplicado pela Fiocruz em diversos estados e, recentemente, o reconhecimento da eficácia na redução de casos da doença gerou uma publicação na revista Lancet.

Saiba mais sobre essa estratégia para o controle da doença:

Funcionamento das estações

Para diminuir os casos de dengue entre populações em situação de vulnerabilidade, a pasta vai aplicar a tecnologia em dezenas de periferias brasileiras. Para escolher as cidades, são avaliados requisitos como a densidade populacional e o número de notificações por dengue, chikungunya, Zika nos últimos anos.

Estratégia

Tal estratégia é eficaz para locais populosos ou de difícil acesso. Sendo assim, foram consideradas como prioritárias as áreas que apresentam criadouros de difícil detecção pelos Agentes de Combate a Endemias (ACEs), bem como locais inacessíveis. Porém, que apresentam persistência de ovos e larvas, como prédios fechados, ferro velho, borracharia, cemitérios, entre outros.

A armadilha consiste em um pote com água, envolto por um tecido preto e impregnado com larvicida em pó. Ao pousar na EDL, o pó adere ao corpo do mosquito. Como as fêmeas visitam muitos criadouros para colocar poucos ovos em cada um, elas disseminam o larvicida em um raio que pode variar de 3 a 400 metros. E toda esta ação resulta em uma redução no desenvolvimento de larvas e assim uma menor infestação e avanço da dengue. O larvicida é inofensivo para animais e pessoas.

Redução dos casos de dengue em Belo Horizonte

O projeto foi desenvolvido pela Fiocruz Amazônia e aplicado em diversos estados brasileiros desde 2014. Os resultados obtidos em Belo Horizonte, onde ao longo de dois anos, foram distribuídas quase 2,5 mil estações em um raio de 25 mil residências localizadas em nove bairros da capital mineira. A intervenção diminuiu a incidência de dengue em 29% nesses bairros e, mesmo nos bairros adjacentes, houve a diminuição de 21% em comparação com os outros 258 bairros da cidade.

Sobre a tecnologia

O primeiro município a receber a tecnologia foi a cidade de Manacapuru, no interior do Amazonas, e que, na época, possuía 40 mil habitantes. Lá, o resultado foi muito extraordinário, chegando a zerar o número de mosquitos transmissores da dengue na área.

A tecnologia em etapa de ampliação para todo o Brasil, e de baixo custo e materiais acessíveis, foi reconhecida pela comunidade científica acadêmica mundial e incorporada pelo Ministério da Saúde.

Fonte: Foto de jcomp na Freepik

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