Setor biodigital cresce a cada ano e já corresponde a 30% do total de startups no país
Apesar de ser um termo recente, uma startup conta com algumas definições diferentes para o que seria uma empresa deste segmento. No entanto, é unânime que ela é sinônimo de inovação. O mercado de startups tem os mais diversos segmentos. Porém, uma que vem se destacando agora é o setor biodigital.
Hoje, há em torno de 5 mil startups do setor no país, isso representa mais de 30% do total, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABS).
Setor biodigital em ascensão
O setor biodigital pode ser identificado por meio de startups que possuem o conceito de unir tudo o que é bio (saúde, alimentação, agronegócio, etc) com o digital. Isto é, uma colaboração de vários setores que unem recursos biológicos com a tecnologia. Geralmente, essas companhias são chamadas de healthtechs, foodtechs, agtechs, indtechs, entre outras indústrias.
Para Paulo Humaitá, CEO da Bluefields Aceleradora:
“Aprendemos sobre essa convergência biodigital, que é a colaboração entre os setores de saúde, alimentação e agronegócio com objetivo de acelerar as inovações, aproveitando o que há de melhor no Brasil.”
Segmento cresce no Brasil
O setor biodigital tem um grande potencial para virar referência em bioinovações no mundo. Para isso, recursos naturais e financeiros são dois pontos importantes para a convergência biodigital e são encontrados com muita facilidade no país. Conforme o BNDES, o país investe em torno de US$326 bilhões na área da bioeconomia.
Além disso, o futuro do Brasil deve ser biodigital. Isso porque há diferentes biomas que são encontrados aqui. O país possui hoje seis biomas e cada um conta com suas características próprias, e isso equivale a uma riqueza inigualável.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil possui mais de 20% do número total de espécies da Terra. Sendo assim, o país elevado ao primeiro lugar entre os 17 países com as maiores biodiversidades.
Investimentos
Em contrapartida, de uns anos para cá, os investimentos em startups só aumentam. Portanto, há recursos financeiros disponíveis para a aplicação no setor biodigital.
Dados da Associação Brasileira de Startups (ABS) revelam que as companhias deste modelo de negócio receberam um investimento de R$19,7 bilhões em 2020. E o valor investido bateu recorde, já que no ano anterior o valor foi de R$ 8,7 bilhões.
Por fim, há também a questão que aproxima as startups das indústrias. Mesmo que ainda falte uma integração maior entre ambas. E as pesquisas são importantes para as startups, principalmente as biodigitais. Porque dessa união pode nascer uma possibilidade de inovação nos setores do país. Paulo conclui:
“O Brasil possui muito potencial para se tornar um celeiro de bioinovações em breve e, podemos perceber que a colaboração entre bio e tecnologia será benéfica para o nosso país.”
*Foto: Unsplash