Investir em moedas pelo celular deixa para trás a mesa de câmbio; confira os primeiros passos
Está cada vez mais recorrente de uns anos para cá para investir em moedas. Com a desvalorização real nos últimos tempos, muitos brasileiros têm explorado o mercado cambial internacional. Sendo assim, agora há também o recuso de começar a investir, utilizando um smartphone. Além disso, desde a libra esterlina até a rúpia indonésia, todas as moedas são negociadas sem intervalo.
Investir em moedas pelo celular
Mas como investir em moedas pelo celular? É simples, basta acessar aplicativos como o MetaTrader 4. Ele permite analisar e investir em dezenas de pares de moedas. Já em meados de 2021, o dólar subiu 21% frente à lira turca, 16% contra o peso chileno, 10% ante o won sul-coreano e 6% em comparação à moeda brasileira.
Fortalecimento do dólar
Com a disparada nos preços de energia em todo o mundo, há expectativas de que o Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, aja antes do esperado para frear a inflação. E ainda há uma elevação na taxa de juros americana tende a apreciar o dólar.
Por outro lado, também há o fato de o barril de petróleo ter atingido seu preço máximo em sete anos. E ainda há o gás natural que acaba de atingir seu pico histórico na Europa, somado ao preço do carvão. Contudo, os operadores de câmbio veem a expansão histórica das economias asiáticas com interesse.
China está em 2º lugar
A China possui o segundo maior PIB do mundo e pode ultrapassar os Estados Unidos ainda nesta década.
Apesar de muito se falar das exportações chinesas, o país também importa muito. Portanto, para quem quer investir em moedas deve-se pensar neste cenário.
20 países com os maiores superávits comerciais frente à China em 2019:
Austrália: US$ 72 bilhões
Coreia do Sul: US$ 63 bilhões
Brasil: US$ 44 bilhões
Arábia Saudita: US$ 30 bilhões
Japão: US$ 28 bilhões
Alemanha: US$ 25 bilhões
Suíça: US$ 23 bilhões
Angola: US$ 21 bilhões
Malásia: US$ 19 bilhões
Omã: US$ 16 bilhões
Iraque: US$ 14 bilhões
Chile: US$ 12 bilhões
Rússia: US$ 11 bilhões
Irlanda: US$ 10 bilhões
Kuwait: US$ 10 bilhões
África do Sul: US$ 9 bilhões
Turcomenistão: US$ 8 bilhões
Nova Zelândia: US$ 7 bilhões
Peru: US$ 7 bilhões
Catar: US$ 6 bilhões
Mercado forex
O mercado cambial também é conhecido como mercado forex, e com o começo da pandemia gerou volatilidade expressiva. Ao apostar neste mercado e contra o dólar, na hora certa, os lucros vieram e foram bastante significativos.
Vale a pena tão investimento em moedas?
Vale reforçar que o dólar é moeda considerada segura em situações de risco extremo. Portanto, diante da pandemia também não foi diferente. Para se ter uma ideia, de janeiro a começo de março de 2020, a moeda disparou frente à libra esterlina (13%), dólar australiano (19%), dólar canadense (11%) e outras moedas. Entretanto, na medida em que o pânico com a crise sanitária reduzia, a cotação do dólar foi caindo.
Em contrapartida, também houve o fato de o câmbio ter entrado em colapso econômico nos EUA, iniciado em 2008. Em poucos meses o euro, real, iene, franco suíço e dólar australiano dispararam mais de 10%. Com isso, a quebra de centenas de bancos americanos – incluindo o Lehman Brothers e o Bear Sterns – gerou bastante pânico. O euro chegou ao recorde de 1,6038 frente ao dólar.
Conclusão
Em todos os cenários descritos acima, o investidor estrangeiro sempre aproveitou a volatilidade do real e das moedas que o precederam. Portanto, os brasileiros aprenderam com os que mais entendem e agora já conseguem identificar que está na hora de pensar em como investir em moedas.
*Foto: Unsplash/Card Mapr