5×5 Tec Summit tratou da Lei de inteligência artificial, assim como outras tecnologias que chegam ao público em geral
Na última segunda-feira (6), ocorreu o painel 5×5 Tec Summit. E a conclusão, do ponto de vista de especialistas do setor foi: as tecnologias são para trazer resultado às pessoas.
5×5 Tec Summit – como foi o painel
O painel 5×5 Tec Summit tratou de inteligência artificial, blockchain, Internet das Coisas, 5G, reconhecimento facial, realidades aumentada e virtual, análise de dados e big data.
Além disso, como as tecnologias se renovam constantemente, os cidadãos esperam que o governo federal adote essas funcionalidades em seus serviços, facilitando a vida da população.
Durante o painel, foi falado ainda sobre oportunidades, desafios, prós e contras da adoção dessas novas tecnologias no setor público.
Outras questões importantes
Por outro lado, também há questões importantes neste cenário. Aqui no Brasil, por exemplo, o Congresso Nacional debate o marco legal para a inteligência artificial. Este é um projeto que visa estabelecer fundamentos e princípios para o desenvolvimento e aplicação da IA no país. Isso inclui ainda as diretrizes para o fomento e atuação do poder público sobre o tema.
O chief regulatory officer da Associação Brasileira de Inteligência Artificial (ABRIA), Philipe Moura, destacou a abordagem com base em risco e o fato de o marco colocar o foco no ser humano.
“A IA ainda é bebê. A aplicação está em curva exponencial, mas está na infância e nem conseguimos prever o quanto vai mudar a vida nos próximos anos. Esse marco deve reforçar as competências existentes e reforçar o trabalho harmonioso entre os diferentes marcos e órgãos públicos que vão trabalhar no ecossistema porque temos a estratégia de IA e tudo isso precisa trabalhar em conjunto.”
Mas para Yasmin Mendonça, da FGV, o marco precisa ser mais debatido. E a mesma opinião tem Thaís Covolato, da Camara-e.net.
Utilização com big data e analytics
Em contrapartida, Alexandre Cardeman, chefe-executivo do Centro de Operações Rio (COR), falou sobre a atuação da entidade com big data e analytics. Além de explicar sobre o que o Centro de Operações Rio usa IA e análises cognitivas e preditivas para antecipar o comportamento urbano.
“A gente vem, há 10 anos, tratando dados e eles são fundamentais para se ter uma visão urbana. Começamos a entender a cidade juntando os dados e começando a trabalhar visões analíticas para operações.”
Ele ressalta que dados de fontes variadas de meteorologia são analisados em conjunto para melhorar sua assertividade. Para o trânsito, o mesmo é realizado com informações coletadas de apps como Waze e Google Maps. O objetivo é entender o comportamento das pessoas no tráfego, indicando os horários de pico e o fluxo das pessoas.
Já para na Dataprev, a diretoria de desenvolvimento e serviço disse que a IA e a biometria são tecnologias habilitadoras.
“Para colocar em perspectiva, lidamos com dados produzidos na década de 1930 e esses dados ainda são processados e tratados pela Dataprev.”
Vale lembrar que entre 2010 e 2015, a Dataprev passou por uma série de transformações digitais e ainda viu oportunidades na IA e nas suas várias áreas de capacidades habilitadoras.
Estatal de TI do Governo
Agora, um dos desafios da estatal de TI do Governo é oferecer serviços digitais para um público não tão habituado às novas tecnologias. Porém, Sampaio afirma que o caso de uso da prova de vida sem as pessoas terem de se deslocar fisicamente é um exemplo bem-sucedido da adoção da tecnologia de reconhecimento facial.
Câmeras de reconhecimento facial
Inteligência artificial, câmeras de reconhecimento facial são habilitadores. Portanto, há uma preocupação que pode recair sobre os dados e a LGPD. é o que afirma o CTO da Huawei, Thiago Ribeiro:
“Precisamos ter robustez e maturidade em como implementar as leis em cima dos dados – independentemente se é dentro do governo ou privado. A tecnologia pode ser usada para o bem ou para o mal, depende de como você usa.”
Último dia de evento
O evento 5×5 Tec Summit é organizado pelos sites jornalísticos especializados: Convergência Digital, Mobile Time, Tele.Síntese, Teletime e TI Inside. A proposta é debater a modernização de cinco setores fundamentais para a economia brasileira: governo, saúde, energia, finanças e entretenimento.
Nesta sexta é o último dia do evento e o tema será entretenimento.
*Foto: Unsplash/Zan